quinta-feira, julho 07, 2005

Não há dia, Meu Amor, que eu não pense em você.
Que eu não imagine a sua mão me percorrendo, a textura das suas costas,
Nossa coxas enroscadas, você entrando em mim.
Nossos jogos. As risadas, os sabores. Suas texturas, que sinto na minha língua.
Nenhum dia.
Mesmo no mesmo dia em que acabamos de transar, sinto falta de você dentro de mim.
E dos seus carinhos e de você gozando.
E não me chame de louca, nem pense que sou viciada em você.
Ou chame e pense.
O amor pode ser isso mesmo, um vício, uma loucura.
Certamente, é um descontrole.
...
Mas o que você parece não perceber é que eu me deixo levar porque quis.
Foi uma opção consciente descer pela encosta da montanha, sem freios.
Eu quis isto em determinado momento.
Um segundo antes, eu podia ter recuado.
E nós não seríamos.
E tudo seria só o que era então, sexo casual com doses violentas de tesão.
Só que eu quis mais e quero.
E não vou abrir mão de querer.
...
Se sofro?
Sim, sem dúvida. Meu amar está no limiar de doer. Sempre.
O gozo já traz em si o desespero da perda.
Sempre entre nós, o fantasma.
Só que aprendi a enfrentar isto com minha espada de algodão e meu escudo de luzes.
E funciona. Cada dia melhor.
Porque nada é mais poderoso do que o que é a um tempo macio e luminoso.
...
E eu vou seguir seguindo, no meu sono de louca, no meu sonho de louca.
Na minha bolha de plástico.