terça-feira, outubro 26, 2004

Os da minha tribo
O que eu devia mesmo era dizer “Me esqueça”.
E sair batendo os saltos, porta a fora.
Ou me arrumar muito linda e desfilar com outro. Na sua frente.
Pra que você soubesse o que perde.
Mas fico. Não faço.
Porque os da minha tribo são assim.
Precisam ir a fundo em tudo, saber onde tudo vai dar.
Insistem até entender.
Entendem até decifrar.
Decifram até se perder.
Seguem o curso do córrego que nasce nas vilas,
Descem dos pequenos rios para os grandes,
E afogam-se quando encontram o mar.