quarta-feira, agosto 17, 2005

Quando eu crescer, você não vai acreditar
Eu sou uma criança velha que quer brincar.
De coisas adultas, como toda criança quer.
Empilho seus desejos e revolvo meus sonhos.
Provoco e saio correndo, me escondo sob a escada ou debaixo da cama.
Saio por aí cantando canções, inventando os versos que não sei.
Ou choro porque quero aquilo que não pode ser e não entendo.
Faço beicinho, sapateio, faço birra.
Todos sabem que o que quero mesmo é chamar sua atenção.
Castigo não funciona comigo. Sou reincidente. E confronto.
E sei as manhas, e faço truques de conter você.
Me ignorar também não resolve. Corto os pulsos. Paro de respirar. Afogo.
Sopro bocas-de-leão ao vento e rio. Chuto pedras e rio. Faço bolhas de sabão.
Sou uma festa e um depois da festa.
Uma alegria e uma catástrofe.
...
Não há como estar apaixonada e não ser passional.