Prática
Como a fúria da tempestade
Que se forma, castanha, no horizonte,
E se desfaz, sem causar danos,
Sobre a floresta agradecida.
Como a tormenta que crispa o mar,
Ameaça os transantlânticos,
E se desmancha, em espuma,
Beijando os barquinhos que beiram a praia.
Como a nuvem de gafanhotos,
Que escurece o sol de verão,
E pousa quieta e inapetente,
Deixando a plantação intacta.
Assim é o meu amor,
Devastador e inútil,
Neste dia azul, sem nuvens.
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