segunda-feira, outubro 10, 2005

Prática

Como a fúria da tempestade
Que se forma, castanha, no horizonte,
E se desfaz, sem causar danos,
Sobre a floresta agradecida.

Como a tormenta que crispa o mar,
Ameaça os transantlânticos,
E se desmancha, em espuma,
Beijando os barquinhos que beiram a praia.

Como a nuvem de gafanhotos,
Que escurece o sol de verão,
E pousa quieta e inapetente,
Deixando a plantação intacta.

Assim é o meu amor,
Devastador e inútil,
Neste dia azul, sem nuvens.