sexta-feira, janeiro 13, 2006

Seria o acaso e não sorte

Como se meu sonho construísse a realidade,
Torcesse as órbitas,
Escolhesse os signos,
Criasse o destino
Ao qual eu me submeto.

Ele é lindo dentro de mim.
Seu olhos. As mãos. A boca.
Tudo é tão intenso.
Eu andando como uma dança,
Me esparramando, me oferecendo como uma fruta.

Tudo milimetricamente programado
Para acontecer ao acaso.

Quando me distancio, tento entender, parece sonho.
Parece que não vai dar.
Parece não ser possível.
Parece que nem é tanto.

Mas, aí, ele me vem,
Real ou imaginado,
e a presença me toma de chofre.
Me consome, me invade,
Me transforma naquela que sou.