quinta-feira, outubro 30, 2008

Dei um talho em meu próprio sentimento

Pra que o mundo fulgure na clareira

Que esse nervo me aviva o sofrimento

Que esse olho é motivo de cegueira

Ê, presença difusa, desordeira

Giro de furação sem epicentro



Vc chega e eu toda embaralhada.

Daí, vc vai arrumando os naipes, fazendo as sequências, criando as canastras.

E bate.

Ganha o jogo sempre. Sabe me jogar desde sempre.

E eu repito, sem pudores... Se vc estiver me enrolando, como dizem as amigas, não tem problema.

Quero este jogo de música e felicidade que você inventa todo dia comigo...

segunda-feira, outubro 06, 2008

Eu já lhe expliquei que não vai dar
Sempre tive pressa, intensidade e uma inveja velada das moças de cêra.
Moças branquinhas, de lábios rosa, que assistem a vida com um ar de indiferença e sorriso leve nos lábios.
Sempre achei que elas sabem de algo que desconheço. Algos que lhes permite esperar sem susto. Da janela.
Eu pulava a janela, a rua logo ali, o mundo pra sorver. Ainda pulo.
A agilidade não é mais a mesma e algumas cicatrizes me lembram do perigo e das quedas.
Mas pulo, minha natureza é pular.
Por isso, neste momento de espera, neste segundo em que contemplo o chão antes do salto, me lembro das moças de cêra e vacilo.