terça-feira, agosto 30, 2005

Hai Kai Marinho
Mar onda leve
Oscilando no veleiro
Seu rosto breve

Lucy in the sky
Nem tenho assim tanto tempo agora, mas posso.
Posso sim, perder algum para ganhar você.
Posso me pentear, me enfeitar, me vestir de festa, calçar as sandálias já possíveis neste veranico.
Posso fazer isso porque você me instiga, me interessa, me tenta.
Olho seus olhos e boca e sinto gosto e cor de mar, mergulho, ocaso.
Posso sim, fazer isso. Tenhos os ingredientes e a vontade.
Mas o espelho, me pergunta: Vai mesmo?

quarta-feira, agosto 17, 2005

Quando eu crescer, você não vai acreditar
Eu sou uma criança velha que quer brincar.
De coisas adultas, como toda criança quer.
Empilho seus desejos e revolvo meus sonhos.
Provoco e saio correndo, me escondo sob a escada ou debaixo da cama.
Saio por aí cantando canções, inventando os versos que não sei.
Ou choro porque quero aquilo que não pode ser e não entendo.
Faço beicinho, sapateio, faço birra.
Todos sabem que o que quero mesmo é chamar sua atenção.
Castigo não funciona comigo. Sou reincidente. E confronto.
E sei as manhas, e faço truques de conter você.
Me ignorar também não resolve. Corto os pulsos. Paro de respirar. Afogo.
Sopro bocas-de-leão ao vento e rio. Chuto pedras e rio. Faço bolhas de sabão.
Sou uma festa e um depois da festa.
Uma alegria e uma catástrofe.
...
Não há como estar apaixonada e não ser passional.