segunda-feira, agosto 28, 2006

A lua sobe, indiferente, entre as nuvens, cheia.
(Porque será que nunca consigo este efeito nas fotos?)
Um inverno que não existe criou esta sensação de estação impossível.
Há um pássaro que não dormiu. Vaga.
As estrelas, poucas, parecem estar com febre.
Longe, um som de crianças brigando.
Fecho os olhos e imagino outro céu. E você sob ele.
E nós sobre a grama. Você querendo outro lugar.
Sento. Não quero pensar.
Não quero sonhar. Não quero me alimentar de idéias.
Não posso me saciar com elas. Não mais.
Aquele lugar, na nuca, onde você mordeu, não está mais roxo. Nem dói.
Isto é prova do tempo. E eu não quero mais saber.
Levanto e continuo a corrida.

terça-feira, agosto 08, 2006

Não sei não...
Agora, a chuva.
Talvez eu ainda chore antes de ligar.
Talvez você perceba na minha voz transparente.
Talvez eu arda de desejo até odiá-lo o suficiente pra deixá-lo esperando mais que o combinado.
Talvez vá dormir e nem sonhe.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Mezo gueixa, mezo cangaceira
Olha...
Eu não vou dizer sim, se quero dizer não; nem não se quero dizer sim.
Também não vou jogar o joguinho de me valorizar dificultando as coisas para você.
Odeio shoppings, cabelereiros, revistas de fofoca e novelas.
Peço a conta e escolho a mesa.
No mais...Acho que você pode me colocar este rótulo de "mulher", se lhe apetece...